quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Nova AQUISIÇÃO

Comprei hoje um belga amarelo nevado, supostamente macho, depois posto mais fotos.

Abraço

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Origem do Canario Belga

Origem do Canario Belga
Canário Belga



ORIGEM
Os canários belgas são originários das ilhas Canárias, situada ao Noroeste da África, depois de sofrerem várias modificações e transformações, tanto no porte quanto na cor, se tornaram uma ave doméstica, existindo cerca de 400 cores de canários reconhecidas no mundo.



São conhecidos dentre outros nomes por canário belga, pois uma linhagem veio da Bélgica, e por canário do reino, pois eles costumavam chegar ao Brasil por meio de navios que vinham do “reino” de Portugal.



O primeiro canário selvagem , pássaro do qual os nossos canários domésticos se originaram, é um pequeno pássaro verde acinzentado com manchas amarelas pelo corpo.



CANÁRIO SELVAGEM
EXPECTATIVA DE VIDA DO CANÁRIO BELGA


A idade média de vida de um canário belga é de 15 anos, mas é raro você encontrar canários sequer perto dessa idade. O mais certo é que hoje em dia eles vivam por volta de 10 anos, e mesmo assim é difícil encontrar canários com essa idade.


REGISTRO DO IBAMA PARA CRIAÇÃO DE CANÁRIO

BELGA


"O canário belga ou canário do reino é considerado um pássaro doméstico para fins de operacionalização do IBAMA, portanto não precisa de nenhuma licença especial do órgão."

Aquisição de Belgas vermelhos e Azulão.

Recentemente ganhei de um criador um azulão, fiquei de busca-lo semana que vem, porém, estou animado com a minha futura aquisição de um casal vermelho, em Vitoria da Conquista, assim que eu adquirir posto as fotos para vocês.

Abraços

Arthur César

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Reprodução de Belgas

Em minha criação o processo de reprodução começou outra vez, depois de me decepcionar com meu casal por causa dos ovos goros, começaram a fazer ninho novamente e ontem vi o macho galando a fêmea duas vezes, estou ansioso pelos ovos!




quinta-feira, 26 de maio de 2011

Calopsitas

Venho cada dia mais me apaixonando por calopsitas, vejo que é um animal inteligente, de facil adestramento e Lindas!Em poucos dias ja devo estar trocando meu casal de Australianos ( que ultimamente so me dão prejuizo) em um casal de calopsitas...
Abraço ao Pessoal

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A história do canário desde sua descoberta

As aves sempre fascinaram a humanidade; uma grande prova disso são as inúmeras pinturas e esculturas encontradas nas pirâmides, desde simples adornos corporais a deuses que têm como representação a figura de diferentes pássaros. A história do canário não é tão remota assim, nem há registros que o relacionem com alguma divindade, mas isso não o torna menos especial que essas aves, representantes dos deuses. Sendo um dos mais procurados dentre todos os pássaros domésticos, o canário é estimado por seu canto suave e harmonioso e beleza de suas cores - e por ser um animal de estimação muito dócil, fácil e barato de cuidar, que faz pouca sujeira e ocupa quase nenhum espaço. A partir desta edição, a revista Brasil Ornitológico trará mais informações, para os iniciantes na canaricultura, sobre esse pássaro que, com seu canto, cativou até a Rainha Elizabeth, que reinou na Inglaterra, na segunda metade do século XVI. Qual a origem desses pequenos pássaros de canto harmonioso? As primeiras notícias sobre a existência do canário ocorreram após a ocupação das Ilhas Canárias pelo navegador João Bethencourt, em 1402. Esse arquipélago, pertencente à Espanha desde o século XV, localizado a pouco mais de cem quilômetros da Costa da África, quase em frente ao deserto do Saara, trata-se de uma região coberta por vegetação e fauna quase inexistentes em outras partes do mundo, onde poucos mamíferos, répteis e batráquios habitavam. E teria sido o habitat original dessa ave, balizada cientificamente com o nome de Serinus canarius e classificada pêlos naturalistas como pertencente à família dos Fringilídeos, no grupo dos Passeriformes. Ícones avium omnium, escrita pelo naturalista suíço, Conrad Gessner, em 1550, foi a primeira obra sobre o canário. Mas a descrição mais completa, desse habitante quase solitário das ilhas que lhe deram o nome, é dada por Ulisses Aldobrandi, em 1559. Diz que o canário silvestre é um pássaro de pequeno porte, não excedendo de doze centímetros. Nidifica em pequenos arbustos. É de cor atraente, de um verde amarelado um pouco acinzentado, com tons escuros nas asas. O dorso com raias pretas, o uropígio é de um verde amarelado, o mesmo ocorrendo com o peito; e esse tom vai se esmaecendo à medida que atinge o ventre. Bicos e pés escuros. Canto alto e sonoro'. Este seria o canário silvestre, habitante natural das Ilhas Canárias, origem de todas as raças atualmente existentes.

A difusão do canário pelo mundo

Há muitas contradições e desencontros de datas na história do canário. Mas alguns historiadores afirmam que a criação em cativeiro teve início há mais de quinhentos anos, pêlos espanhóis que ocuparam as Ilhas Canárias. A partir daí, os espanhóis mantiveram o monopólio do canário, por muito tempo, exportando apenas exemplares machos para evitar a concorrência estrangeira. Porém, como tudo tem um fim, este monopólio também o teve, quando um vapor carregado de canários naufragou perto da ilha de Elba, de acordo com o relato de Olinda, em 1622. Segundo o autor, em seu livro Ulcelleria, publicado em Roma, o naufrágio do navio nessa ilha foi o responsável pelo aparecimento dos pássaros na Itália e posteriormente na Alemanha. Os canários teriam encontrado na Ilha de Elba condições favoráveis para seu desenvolvimento e puderam se reproduzir em grande quantidade, passando a viver em bandos. Um fato que merece destaque é que os canários jamais emigraram para o continente, pois eles encontraram nas ilhas, o alimento preferido e o clima (temperado) favorável ao seu canto. Sobre a veracidade desta narrativa, no que diz respeito à reprodução com outras espécies daquela ilha, pesam sérias dúvidas de ordem científica. Parece que o mais certo é se admitir que naquelas exportações tinham também fêmeas, uma vez que é fácil de se confundirem os sexos. Ou, então, que aquele carregamento não era constituído exclusivamente de exemplares machos.

Há ainda a hipótese da compra clandestina de fêmeas, como causa do fim do monopólio. Esta situação encontra ressonância no fato comprovado de Walter Raleig, quando de retorno daquelas ilhas à sua pátria, a Inglaterra, ter ofertado, à Rainha Elizabeth, diversos canários. E a soberana, cativada pelo canto daqueles pássaros, determinou que eles fossem criados no seu palácio, onde surgiu o primeiro canário amarelo de que se tem notícia. Este fato fez Shakespeare dizer que 'os olhos da grande Rainha tinham o poder de mudar as coisas em ouro'. Mas não foi somente a Rainha Elizabeth que se apaixonou pêlos canários. Izabel da Inglaterra, uma das mais poderosas e cultas da Europa, dedicou-se, também com carinho e paixão à criação de canários. E até imperadores da Alemanha e sultões do Oriente não conseguiram fugir ao fascínio dos artigos pequenos pássaros de canto harmonioso. Afirma-se que, naquela época, o sultão da Arábia tinha as salas do seu riquíssimo palácio cheias de gaiolas de canários. Afirma-se também que os italianos e holandeses, atraídos pelo belo e harmonioso canto dos canários espalhados por toda a ilha de Elba, começaram a capturar essas aves e vendê-las ao continente. Mas devido a grande demanda de compradores, se organizaram e iniciaram a criação e exportação desses pássaros para os países do Norte. No final do século XVIII, os canários estavam sendo criados em grande escala na Suíça e no sul da Alemanha e foram espalhados pela Inglaterra, Rússia, Egito, etc. Mas, à medida que o canário se reproduzia em cativeiro, devido à quebra de sua cadeia alimentar original, a base de sementes e frutas nativas e insetos, começou a sofrer mutações na forma, no colorido de sua plumagem, no seu canto, e até em sua estrutura óssea. Há registros de que, em 1700, a Duquesa du Barry, apaixonada criadora de canários, fazia viagens a Flandes a fim de adquirir exemplares para melhorar o seu grande e já famoso plantei. Naquela época, o encarregado-chefe de sua criação, M. Hervieux de Chateloup, publicou um volume narrando as experiências com a criação de canários, que apresentavam 29 variedades de cores, dentre as quais figuravam o Amarelo, Verde, Ágata Dourado, Isabel Dourado, Junquilha de olhos pretos e claros. A criação de canários começava a empolgar não só amadores, mas também cientistas que passaram a estudar os aspectos genéticos do pássaro, explorando suas mutações, obtidas em cruzamentos contínuos, à procura de aperfeiçoamento e fixação de novas raças, variedades de forma, plumagens, cores e canto. A Alemanha foi um dos países que se destacou na criação e aperfeiçoamento do canto e, mais tarde, na cor do canário, com os trabalhos do Dr. H. Duncker. E, à medida que o canário sofria mutações, surgiam também os primeiros grupos de aficionados no novo entretenimento, assegurando ainda mais o sucesso do desenvolvimento da canaricultura. Entretanto, o fato mais marcante na história da genética de aves e animais foi o cruzamento do Tarim da Venezuela (Spinnus cucullattus) com canárias. Os híbridos férteis desse cruzamento propiciaram a introdução do fator vermelho no canário, gerando daí centenas de novas cores que encantam freqüentadores de eventos ornitológicos. Atualmente os canários ancestrais não aparecem mais nas gaiolas e sim centenas de mutações com variadas cores, formas e tamanhos.

A chegada do canário e o seu desenvolvimento cm terras brasileiras

Não se sabe ao certo quando os primeiros canários surgiram em terras brasileiras, mas há quem diz que, por volta de 1890, esses pássaros já eram vendidos por marinheiros nos cais dos portos do Brasil. Em 1902 foram fundadas duas sociedades ornitológicas no Brasil, uma no Rio de Janeiro/RJ e outra em Pelotas/RS. Ambas eram chamadas de Sociedade Expositora de Canários e há registros que destacam a de Pelotas como "Premiada com o Grande Prêmio (medalha de ouro) na grande Exposição Nacional de 1908".

No início, a canaricultura no Brasil tinha como destaque os canários de canto e, em seguida, apareciam os de porte, principalmente os frisados parisienses, expostos, desde a primeira década do século, pela Sociedade Expositora de Canários, no Rio de Janeiro. Nos próximos anos, várias sociedades e clubes ornitológicos foram surgindo, sendo sua maioria concentrada no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. À medida que essas entidades se organizavam, começaram a aparecer também algumas raças inglesas, na década de 40 e os canários de cor, no início da década de 50.

Alguns eventos da época merecem destaque na história da canaricultura brasileira. Como a primeira grande exposição de canários de canto e de cor, realizada pela UCRB - União de Criadores de Roller do Brasil em 1949. Os pássaros julgados nessa exposição garantiram ao Brasil a participação no 1° Congresso Latino Americano, realizado em Buenos Aires. Nesse congresso o Brasil conquistou dois primeiros lugares; um em canários de Canto Clássico na categoria de filhotes e outro, na Cor avermelhada. Dois anos depois, em 1951, ainda sob a liderança da UCRB, foi realizado o 2° Congresso Latino Americano, em São Paulo e a evolução da nossa canaricultura era evidente. O Brasil foi Campeão em Canário de Canto e obteve vários primeiros lugares em Canários de Cor. No ano seguinte, no Pavilhão de Vidro do Parque de Água Branca (palco de vários "Brasileiros", inclusive o último da COB — Confederação Ornitológica Brasileira), aconteceu o 1° Concurso Nacional de Canaricultura, do qual participaram sociedades de várias regiões. No dia 12 de agosto, no decorrer desse evento, foi realizado o 1° Campeonato Brasileiro de Canaricultura, no qual decidiu-se fundar uma entidade de âmbito nacional que consagrasse os nossos clubes. Nascia, então, a Federação Brasileira de Canaricultura — FBC, cujo presidente era Jerônimo Rocha. A entidade passaria por vários nomes e estágios até que, em 24 de setembro de 1988, foi denominada Federação Ornitológica do Brasil — FOB, sucessora das outras entidades, tão somente, do ponto de vista histórico.

Hoje a canaricultura no Brasil conta com aproximadamente 460 variações de cores no segmento denominado Canários de Cor, 26 raças que se dividem em 138 classes para concurso, no segmento de Canários de Porte e ainda os Canários de Canto Clássico.

Anualmente, as 172 associações de canaricultores de todo o Brasil, filiadas à FOB, realizam campeonatos em suas cidades nos meses de maio e junho, dos quais só podem participar os filhotes nascidos no ano anterior, devidamente anilhados. Os campeonatos são nos segmentos de Canários de Cor, Canários de Porte e Canários de Canto. E, apesar de todos os canários machos de todas as raças cantarem perfeitamente a partir de quatro meses de idade, só os canários do segmento Canto Clássico "Roller" é que podem participar do concurso de Canto.

Após os campeonatos regionais, a FOB realiza o Campeonato Brasileiro de Ornitologia que acontece sempre no mês de julho. Este ano, mais de 20 mil pássaros domésticos de criadores de todo o Brasil participaram da 2a etapa do 53° Campeonato Brasileiro de Ornitologia, realizado no período de 2 a 11 de julho, no Parque Permanente de Exposições, em Ribeirão Preto-SP.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Colorindo os Canários sem Fator

As cores dos canários săo o produto da interaçăo de dois fatores de cor que nós chamamos de melaninas e lipocromos (estăo no plural porque considera-se a existęncia de mais de um tipo de cada um deles). O efeito visual que nossos olhos podem perceber, é o resultado da combinaçăo desses fatores de cor.
A alimentaçăo e os aditivos alimentares tem pouca influencia em relaçăo ŕ qualidade das melaninas , sendo os fatores genéticos os mais importantes em relaçăo ŕ sua expressăo.
Quando se trata dos lipocromos dos canários, a alimentaçăo bem como os aditivos alimentares tem enorme influencia na sua qualidade e manifestaçăo.
O maior exemplo disso ocorre nos canários chamados de "com fator vermelho", através do uso da cantaxantina, o que é do conhecimento da grande maioria dos canaricultores. Para esse aditivo alimentar, existe já uma pratica definida com relaçăo ŕ dosagens, época de uso, e outros cuidados que possibilitam aos criadores a obtençăo dos exemplares desejados.
Os canários chamados de "sem fator vermelho", com exceçăo dos brancos (que năo possuem lipocromo), tem sua expressăo lipocromica definida pela alimentaçăo e regida pęlos fatores genéticos envolvidos.
O que define a cor de um lipocromo é a combinaçăo de pigmentos corantes chamados de carotenóides e que estăo presentes em maior ou menor quantidade em uma grande variedade de alimentos. Uma prova disso, é o próprio canário branco, que só é branco porque possui um "defeito" genético que o impede justamente de fazer com que esses pigmentos se depositem nas células de suas penas.
Sabe-se também que se colocarmos um canário amarelo sob um regime alimentar isento de carotenóides, após o término de todas as reservas do tecido gorduroso (esse pigmento é depositado inicialmente nesse tipo de tecido), na muda seguinte esse canário se tornará branco.
Uma vez que os fatores genéticos determinaram primordialmente a capacidade de depósito dos pigmentos na plumagem dos canários, influenciando-o tanto de maneira quantitativa como qualitativa, nos resta entăo, por meio da alimentaçăo tentar otimizar esse processo e obter as tonalidades desejadas e exigidas pęlos manuais de julgamento.
Em outras palavras, partindo-se de um plantei com qualidade genética superior, podemos por meio da alimentaçăo influenciar para melhor (ou para pior) o resultado desejado.
Com os campeonatos se tornando cada vez mais competitivos, com a melhoria dos planteis, aliados a criadores mais técnicos e bem informados, os desempates tem ocorrido em faixas de detalhes cada vez mais estreitas. Com isso, o manejo da alimentaçăo dos canários sem fator com o objetivo de se obter um lipocromo ótimo, se toma obrigatório.
Nos canários com fator, a receita é relativamente simples : quanto menos carotenóides e mais cantaxantina (até a dose ótima), melhor deve ser o resultado.
Nos canários sem fator, a coisa se complica bem mais, pois para começar temos tręs "tipos" de lipocromos envolvidos (amarelo, amarelo marfim e branco dominante) e vários tipos de carotenóides envolvidos em concentraçőes desconhecidas.
Um criador que possua essas tręs variantes de lipocromo em seu plantei, năo deve submete-las ao mesmo regime alimentar, pois se sabe que um amarelo marfim precisa de um aporte maior de carotenóides na sua alimentaçăo para melhor expressar suas qualidades. Um branco dominante năo deve, com certeza receber esse mesmo tipo de alimentaçăo (deve receber menos carotenóides), e o amarelo normal, por sua vez deve ser trabalhado com um teor intermediário entre os dias.
Outro complicador em relaçăo aos canários sem fator, é que năo existe para eles nenhum aditivo alimentar que tenha sua tecnologia de aplicaçăo dominada em termos de uso e dosagem como a que existe para a cantaxantina.
Com isso, nos resta conhecer melhor os alimentos usados nas nossas criaçőes, e dentro do possível as quantidades de carotenóides que eles aportam, pois o resultado em termos de lipocromo (seja ele bom ou ruim- suficiente ou insuficiente) é o produto direto das "coisas" que damos para eles comerem.
Os carotenóides săo uma classe de compostos amplamente distribuídos no reino vegetal e em algumas espécies animais.
Săo responsáveis pęlos pigmentos de cor de inúmeras espécies como tomate, laranja, verduras, milho, gema de ovo, plumagem dos flamingos, etc.
Nessa família dos carotenóides, existem mais de 500 compostos e incluem dois tipos diferentes de moléculas: os carotenos (licopeno, beta caroteno *, alfa caroteno, etc) e as xantofilas. As xantofílas săo as responsáveis pela coloraçăo da plumagem de nossos canários. Como exemplos desse tipo de carotenóide temos a zeaxantina, a cantaxantina, a luteina, a criptoxantina, etc.
As análises químicas dos diversos tipos de alimentos, dificilmente discriminam quais săo os tipos de carotenóides presentes nos alimentos. Normalmente os resultados indicam apenas os teores de beta caroteno (o mais estudado dos carotenóides) ou mesmo sua atividade em termos de Vitamina A (da qual alguns carotenóides săo precursores).
Sabe-se também que a zeaxantina (carotenóide presente no milho amarelo, planta pertencente ao género Zea, daí o nome zeaxantina), é responsável por pigmentaçőes de amarelo mais forte, tendendo ao alaranjado. Esse pigmento é encontrado também na gema do ovo, uma vez que as raçőes de galinhas săo compostas em sua grande parte por milho amarelo.
Existem indicaçőes que os vegetais de folhas verdes e as sementes possuem maiores proporçőes de luteinas, e portanto seriam mais indicados para se obter pigmentaçőes mais desejáveis nos canários.
A tabela abaixo, nos dá uma indicaçăo dos teores de carotenóides presentes nos alimentos mais usados na Canaricultura e pode servir como auxiliar no manejo da alimentaçăo.


Sementes Componentes da Raçăo (Farilhada) Vegetais e Frutas Outros
ALTO - Milho amarelo CenouraFolhas de brócolis espinafre Gema de ovo
MÉDIO Colza Nabăo Linhaça Farelo de soja Almeirăo Chicória Acelga Couve -
BAIXO Alpiste Aveia Níger Milho BrancoFarelo de Trigo Germe de Trigo Farelo de Arroz Leite Desnatado Maçă Pepino sem casca Clara de ovo Arroz

Como năo existe comercialmente disponível ao canaricultor um tipo de Xantofila - como acontece com a cantaxantina - com tecnologia definida em termos de uso e dosagens, só nos resta tentar manejar da melhor maneira possível os alimentos disponíveis de maneira a tentarmos obter o melhor resultado possível.
Nesse manejo, alguns fatores merecem destaque:
1) A literatura mostra que nas sementes, o principal carotenóide é a luteina.
2) O ovo, milho amarelo e seus derivados săo ricos em zeaxantina.
3) Quanto mais verde, săo as folhas das verduras, maior seu teor de carotenóides (sabemos que o teor de beta caroteno é alto, mas năo sabemos o teor das xantofilas envolvidas).
4) Canários com cor de fundo amarelo, amarelo marfim e branco dominante devem preferencialmente ser submetidos á regimes alimentares distintos em termos de carotenóides.
5) Os carotenóides "amarelos", săo acumulados no tecido gorduroso dos canários, e săo liberados para efeito de coloraçăo das penas ŕ medida que săo necessários, seja na muda de penas ou na substituiçăo de penas caídas. Isso quer dizer que a cor daquelas penas que nascerem num determinado momento, reflete a alimentaçăo ingerida pelo pássaro nos meses anteriores. Portanto, se o canário ingeriu carotenóides inadequados anteriormente, mesmo năo estando na muda, isso pode se refletir na emplumaçăo posterior.
Isso quer dizer que a alimentaçăo adequada, deve ser fornecida com bastante antecedęncia em relaçăo ŕ muda - no mínimo ŕ partir da separaçăo dos pais.
6) O fator ótico para o azul é fundamental nesse manejo e é presença obrigatória no patrimônio genético de nossos canários, pois se encarrega de imprimir a tonalidade "esverdeada" nos lipocromos amarelos, quando se obtęm o desejado amarelo limăo.

COMO AVALIAR UM CANÁRIO

A reuniăo harmônica de todos os caracteres "ideais" em um mesmo canário é o que se poderia chamar de "sucesso absoluto".Porém, isto năo é tăo fácil. Deve-se, entăo aprender a observar bem o exemplar sob mira, comparando-o com o maior número para que se possa realmente selecionar um bom espécime.

Como nem sempre todos os detalhes săo possíveis de se encontrar em uma mesma ave, é oportuno avaliar-se conjuntamente as qualidades do casal que se pretende formar. Pode-se, assim, obter em ambos, complementarmente, os aspectos desejados, cujo conjunto certamente se manifestará na prole, por inteiro. A partir daí trabalha-se em funçăo do padrăo que se pretenda alcançar.

Basicamente, tem-se como necessária, em um bom exemplar, as seguintes qualificaçőes:

CABEÇA: deve ser arredondada, perfeitamente harmônica com o bico e o pescoço, os olhos bem centrais, devem ser redondos e transmitir vivacidade.

BICO: este deve Ter a cor do canário (claro ou escuro), ser curto e largo em sua base. No aspecto da cor, exceçăo se abre, apenas, para os marfins, ágatas, canelas, pastéis e isabéis.

PESCOÇO: em forma de cilindro e curto, compondo em harmonia com o tórax e a cabeça.

PEITO: largo e arredondado, combinando com o resto do corpo.

DORSO: reto, em linha com o pescoço e a cauda.

ASAS: perfiladas e aderentes ao corpo, sem entrecruzamento e sem exagero na cobertura da base da cauda.

CAUDA: unida e em forma de "M", em linha reto com o dorso.

PATAS: ausęncia de escamas e sem exposiçăo de músculos, na cor do pássaros (linha clara ou escura).

PLUMAGEM: sem falhas cromáticas, compacta, brilhante e sedosa, com pureza e intensidade de cor.

TAMANHO: entre 13 e 15 centímetros, medidos da base do bico ao final da cauda.

De resto, é recomendável saber-se algumas informaçőes acerca da origem do pássaro e, se adulto, quanto ao seu desempenho como reprodutor, se já o foi.

ACASALAMENTO: TÉCNICAS ÚTEIS PARA O SUCESSO

O momento do acasalamento, é do ponto de vista técnico o mais importante do ano para o sucesso de um criador. É muito comum vermos pessoas entusiasmadas comprarem exemplares de altíssimo valor genético durante anos e anos, e nunca conseguirem os resultados esperados nos concursos. Outros gastam rios de dinheiro com matrizes excelentes, e obtém resultados efêmeros carentes de continuidade, conquistando prêmios ora com uma cor, ora com outra, sem conseguir firmar um padrão de qualidade numa determinada cor ou linha.
A alimentação é correia, o criadouro um brinco, tudo está correio, menos uma coisa...... Os casais foram mal montados.

Quando chegam os meses de julho/agosto, alguns criadores pegam as suas matrizes, coçam a cabeça e procuram "montar" o "quebra-cabeças" tentando achar uma lógica no trabalho efetuado, na esperança de que no próximo ano apareçam pássaros excepcionais.

Qual será o caminho certo para aproveitarmos ao máximo o potencial dos nossos reprodutores? De que forma poderemos obter filhotes ainda melhores do que os pais?

Procuraremos analisar estes aspectos que considero a espinha dorsal de um criadouro bem sucedido.

Em primeiro lugar, devemos tomar consciência que as aves tem dois elementos à serem considerados: a) fenótipo: tudo aquilo que nela vejo b) genótipo: todas as características herdadas dos pais, visíveis ou não.

Assim sendo, deduzimos que exemplares muito bonitos, poderão transmitir ou portar características totalmente indesejáveis. Isto nos leva a pensar muito bem na hora de comprar os reprodutores, no sentido de nos assegurar de que um canário muito bonito não porte alguma "bomba" que venha a estragar o resultado.

Imaginando que todos estes cuidados foram tomados, que estamos de posse de um plantei de alto nível, devemos mesmo assim tomar consciência de que não existe o canário perfeito. Sempre há o que melhorar num exemplar, por melhor que ele seja.

Entra aqui a nossa técnica de acasalamento que tentaremos explicar.

Devemos dividir todas as características que os juizes irão avaliar em dois grandes grupos que chamaremos da seguinte forma:

1. Máxima expressão

2. Expressão intermediária

MÁXIMA EXPRESSÃO

Algumas das características à serem selecionadas e observadas na hora do acasalamento, devem buscar sempre o máximo, sem limites.
Assim, por exemplo, o vermelho deve ser o mais vermelho possível, o branco o mais branco possível, os cobres, verdes e azuis, o mais negros possíveis e o seu desenho (assim como nos canelas) o mais largo possível, a plumagem o mais sedosa possível, máxima redução do schimell nos intensos, máxima redução da feomelanina nos melânicos clássicos etc. etc.
Todos estes casos e muito outros, são de relativa facilidade, pois sempre deveremos acasalar macho e fêmea o mais vermelhos possível, com a plumagem o mais sedosa possível, etc. etc.

EXPRESSÃO INTERMEDIÁRIA

A maioria das características fruto de seleção, representam um equilíbrio entre extremos indesejados. Ganha aquele que conseguir o "ponto justo" para determinado fator.
Vejamos alguns exemplos:

1-O nevado muito longo é indesejável e aquele excessivamente curto também. Existe portanto, um ponto intermediário de exemplares com névoa curta mas visível e bem distribuída.

2- Os acetinados com desenho muito fino, perdem contraste, e os que tem desenho muito grosso perdem nitidez. Existe portanto, um ponto intermediário ideal.

Podemos citar alguns destes inúmeros exemplos:

- Tamanho grande em excesso ou pequeno de mais.

- Ágatas com desenho excessivamente fino e com pouca expressão de negro ou com bom negro, mas desenho excessivamente largo.

- Canários mosaicos com bom branco mas pouca expressão de lipocrômo, ou excelente lipocrômo mas excesso de infiltração.

- Plumagem excessivamente longa ou curta Isabelinos com desenho excessivamente marcado ou diluído em excesso

A lista é muito extensa e os exemplos acima pretencem transmitir a idéia de que efetivamente muitos fatores requerem um cuidado redobrado para alcançar o ideal.

Considerando que nenhum canário é perfeito, para cada exemplar há em tese um outro ideal para efetuar um acasalamento bem sucedido. Assim como existe uma única chave para uma fechadura, podemos dizer o mesmo no caso do acasalamento. Esta é a explicação do velho ditado de que "de dois campeões não necessariamente nascerão filhos campeões". Esta é também a explicação do porque os filhos poderão nascer com melhor qualidade do que a dos pais.

Resulta portanto, fundamental quando se trata de fatores de expressão intermediária, que tomemos muito cuidado na hora de selecionar as matrizes e de efetuar os casais, no intuito de sempre procurarmos compensar a característica de um com a do outro para procurarmos o equilíbrio perfeito.

O somatório de virtudes num só exemplar, redunda em verdadeiras satisfações nos concursos. Boa sorte, e bom acasalamento!!!!!!!

UMA CURIOSA MUTAÇÃO

Teve a sua primeira aparição em 1994, no canaril do meu amigo Maércio Laranjo. Filhos de um casal de canários vermelhos da linha clara, apareciam filhotes com uma coloração vermelha no bico e avermelhada nas patas. 0 amigo Laranjo me relatou esse fato e naturalmente fiquei curioso por ver esses exemplares.
0 Sr. Laranjo estabeleceu uma ”parceria” com o também amigo e juiz OBJO Rogério Diniz, que levou esses canários em virtude de que o Laranjo somente estava criando canários sem fator. Estes canários, além de apresentarem o bico vermelho, tinham uma estrutura de pena diferente, algo ”aveludada”, e alguns problemas de falta de rusticidade, apresentando algumas dificuldades visuais, etc.
Em 1996, o amigo Laranjo me disse que estava interessado em adquirir alguns exemplares da minha criação e propus fazer uma troca com algum desses ”bico vermelho”. Aceitei e foram enviados 2 machos que efetivamente apresentavam essas características. Esses exemplares mostravam-se de fato com notórias dificuldades de visão e pouco ativos. Um deles não era fértil e do outro tirei 3 ninhadas, sendo 2 delas com fêmeas vermelho nevado e uma com fêmea cobre, visando dois objetivos: 1) rusticidade, 2) verificar se a referida mutação poderio ter algum efeito também sobre as melaninas. 0 resultado foram 6 filhotes, todos de bico branco (normal), sendo 2 machos vermelhos nevados, 1 fêmea vermelha nevada e 3 fêmeas pintadas.
Pudemos logo confirmar pelos filhotes obtidos que esta mutação, caso confirmada, não seria ligada ao sexo. Todos os filhotes apresentavam excelente estado de saúde e super ativos, com características fenotipicas idênticas as dos outros canários. No inicio da cria, todos os filhotes mostraram uma excelente disposição para a reprodução, mas nos deparamos com o problema de que os canários de bico vermelho vindos dos Srs. Laranjo e Rogério Diniz, continuavam com problemas e a sua possibilidade de fertilidade era mínima, de forma que acasalamos os portadores entre si. A nossa surpresa foi enorme, pois constatamos que de fato, logo no nascimento, alguns filhotes mostravam uma nítida tonalidade vermelha no bico, tonalidade esta que aumentava conforme os filhotes se desenvolviam. Outra observação que confirmaria a condição de mutação e a de que não existe característica intermediaria. Ou nascem com o bico vermelho ou o mesmo sai completamente branco, conforme a forma ancestral. Aqueles filhotes de origem cobre e que apresentam o bico vermelho não mostram qualquer alteração melânica, apresentando somente a tonalidade vermelha do bico e as patas avermelhadas. 0 resultado final forma 8 filhotes de bico vermelho e 20 de bico branco que seriam possíveis portadores, caso fique confirmada que esta mutação seja autossômica.
Os Srs. Laranjo e Diniz me relataram outras curiosidades, tais como o fato de que fêmeas portadoras com machos normais e sem nenhum parentesco com os ”bico vermelho” tem dado filhos de bico vermelho. Seria este fato inédito, pois não existe ate hoje nenhuma mutação em que uma fêmea portadora possa transmitir as características dessa mutação diretamente aos seus filhos sem que o pai seja pelo menos portador também. No período de muda, a tonalidade vermelho vivo do bico dos filhotes diminui um pouco de intensidade e a plumagem efetivamente tem uma estrutura e tom de vermelho diferentes.
Outro aspecto curioso resulta do fato de que, ate hoje, todas as mutações aparecidas nos canários tem sido sempre diluidoras ou inibidoras tanto dos pigmentos lipocromicos como melânicos. Trata-se, neste caso, do aparecimento de pigmentos numa área onde o canário ancestral não apresenta pigmentação lipocromica alguma, tais como o bico e patas. Todos os filhotes puros gozam de excelente saúde e acreditamos que na temporada de 1998 poderemos expandir esta interessante experiência, objetivando o fornecimento de informações detalhadas sobre esta novidade fascinante

Clique nas fotos para vê-las ampliadas.

foto 1
(Irmãos de ninho. Ã esquerda mutante, à direita portador)

foto 2
(Irmãos de ninho. Ã esquerda mutante, à direita portador)

foto 3
(Filhote mutante (bico vermelho) e filhote ancestral (bico branco)

foto 4
(Ã esquerda, filhote ancestral à direita filhote mutante).


(Ã esquerda filhote vermelho nevado macho de bico vermelho. Ã direita filhote vermelho fêmea de bico vermelho)

dicas para determinar o sexo em canarios

Este é um dos problemas que criam diversos embaraços aos criadores, quer seja na hora de comprar um determinado pássaro, vender ou planejar a criação. Vamos enumerar diversas sugestões para a determinação do sexo de canários:
1 - Os machos cantam e as fêmeas raramente o fazem.
2 - Nos canários da linha escura, as fêmeas apresentam nas costas, um manto mais marrom (feomelanina) que os machos.
3 - Pela cor dos pais pode se chegar a cor dos filhotes conforme tabela; onde se o pai for homozigoto, ou seja, não portar nenhuma cor, todas os suas filhas terão cor idêntica à do Pai. Esta tabela foi feita a partir de canários com a cor de fundo amarela.
4 - Canários de cor mosaico que apresentam características sexo dimorfas entre os machos e as fêmeas: os machos apresentam máscara facial bem definidas, maior que as das fêmeas. Também mais cor no peito e dorso.
5 - Vários criadores alegam que pela forma do ovo pode-se determinar os sexo do filhote onde os ovos mais ponteagudos são machos e os mais arredondados são fêmeas.
6 - Terminado o período de muda, podemos definir o sexo pelas características cloacais. Colocando-se o pássaro no palmo da mão, com o ventre para cima veremos conforme o desenho abaixo: o macho apresenta o órgão genital em formo de pequeno gancho, enquanto as fêmeas ficam inchadas como se o ovo fosse sair. Também, nas fêmeas, as penas que circundam, a cloaca tem aparência de leque, enquanto os machos tem a forma de tufo ou espanador, conforme ilustração abaixo.

alimentação,nutrição de nossos passaros

De longe já sabemos que nossos pássaros não conseguem se nutrir com apenas uma mistura de sementes e outras "vitaminas" quaisquer. E Ias degustarão o que Ihes convier e desprezarão os demais ingredientes.
Primeiro, devemos saber que o metabolismo das aves é completamente diferente dos mamíferos. A taxa metabólica das aves é muito mais alta do que a dos mamíferos, por esse motivo requerem em sua alimentação, quantidades elevadas de energia.
Hoje já sabemos que a nutrição imprópria é uma das causas mais comuns de morbidade nas aves de um modo geral (Doenças infecciosas, baixa fertilidade etc).
A ave deve receber muita atenção na sua alimentação em cativeiro, essa alimentação deve ser variável e dosada conforme “a raça, seu porte e a época do ano. Necessariamente a ave” precisa de alimentos que contenham: Minerais, proteínas (Aminoácidos), gorduras (lipídeos e glicídios, carboidratos (energia),vitamina A, tiamina, riboflavina, niacina, piridoxina, biotina, colina, ácidoeólico, ácido pantatênico, 03, E, K e etc. Estas são responsáveis pelo crescimento normal dos filhotes e estão diretamente envolvidas nas transformações metabólicas do organismo de todos os animais.
Minerais como o cálcio, fósforo, sódio, cloro, magnésio, potássio, manganês, molibdênio, xantina oxidase, zinco, ferro, cobre, selênio, iodo, tem várias funções importantes, entre elas a formação e o desenvolvimento do esqueleto, bico, patas, penas e a regulação do ph e o transporte de oxigênio para os tecidos.
Aminoácidos como a metionina, lisina, triptofano, cistina são responsáveis pela formação das proteínas e de grande importância na nutrição animal, pesquisas tem mostrado que a proteína vegetal tem menor valor biológico em relação à proteína animal.
Os carboidratos, entre eles, açúcares, amidos, fibras são importantes em funções próprias no processo digestivo, conferindo a energia necessária para o funcionamento do organismo. Um grave problema no que diz respeito às fibras pois estas são muito pouco ingeridas, as cascas das sementes ricas em fibras vão para o lixo daí vários tipos de problemas digestivos, como alguns casos de diarréia.
Gorduras encontradas principalmente nas sementes de Girassol, niger, linhaça, colza são nutrientes benéfico para as aves, como fonte de energia e calor, porem devem ser bem dosadas, pois os excessos podem causar problemas.
A alimentação das aves em cativeiro é uma discussão constante sobre a escolha dos melhores ingredientes, na melhor farinhada, na melhor verdura, etc. Mas somente com e um bom acompanhamento nutricional, conseguiremos reproduzir nossos campeões e os afastar das doenças que atingem nossos criadouros.
Relatos recentemente publicados tem nos mostrado que quando os pássaros são alimentados com sementes e complementados com vitaminas solúveis em água, apresentam deficiências crônicas de determinados nutrientes. Assim devemos nos sensibilizar e formar uma tabela de alimentação somando sementes, farinhada, frutas, legumes, verduras e uma suplementação extra de vitaminas hidrossolúveis e lipossolúveis em épocas de muda e procriação, para obtermos bons resultados reprodutivos, com aves bem nutridas e saudáveis.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

como previnir e curar doenças

Infelizmente, não obstante os insucessos obtidos ano após ano, muitos "improvisadores" (que não merecem o nome de "criadores") continuam a deter (e a fazer morrer), com contínuo sofrimento, das pobres criaturas aladas que têm o azar de ter caído nas mãos de pessoas que de tudo sabem fazer, exceto de ter humildade e vontade de aprender as técnicas correras para manter distante as doenças, preferindo obter insucessos após insucessos com a vã esperança de encontrar um "remédio milagroso" (que não existe!) que possa resolver todas as dificuldades.
Refiro-me às aquisições de novos exemplares, de inumeráveis proveniências negócios de animais, mercado de aves, de captura, de importação e, até mesmo, adquiridos também de criadores capazes etc.), todos amontoados juntos, num mesmo local, freqüentemente em número excessivo (superpopulação) com escassa higiene e carência de oxigênio, sem adequados controles e sem quarentena e sem as periódicas desinfecções e desinfestações.
Nestas condições, sempre descobrimos as doenças que "empestam" tudo: aves, utensílios, janelas, portas, paredes, chão, teto e a própria pessoa que detém, de modo lastimável, os pobres pássaros.
Há tempos atrás G. de Baseggio me dizia que, nas criações mal conduzidas, a Salmonelose (causada pela Salmonella typhi murium e outras espécies) e a Colibaciolose (provocada pela Escherichia coli e numerosas variantes) estão muito difundidas e podem facilmente infectar o próprio criador, o qual, por sua vez, pode infectar outras pessoas e animais. E isto vale para muitas outras, mais que 20, doenças que através de aves doentes podem atingir o homem.
Destacamos novamente os perigos potenciais (ou seja, aves doentes que podem infectar o criador e vice-versa), para que os leitores levem em conta que "tendo-se aves doentes e em ambiente anti-higiênico pode-se adoecer" (por ex. a pessoa toca em utensílios ou nas aves doentes sem uso de luvas mãos sem luvas e depois pega na comida ou enfia o dedo no nariz: o agente patógeno entra no corpo do criador que pode adoecer).
Ao contrário, se as aves estão todas em ambiente saudável, criadas com boas condições técnicas, sem superpopulação, em número proporcional seja às dimensões do local e seja "ao tempo disponível do criador", com periódicas desinfecções e "quarentena", as aves estando bem, assim elas não podem infectar.
É um conceito simples! Mas, pelo meu conhecimento dos criadores, são pouquíssimos aqueles que se preocupam com esses problemas sanitários.
Pode-se muito bem criar animais sem perigo, porém é necessário adotar-se as necessárias normas higiênicas e correras técnicas.
É uma deletéria atitude, muito difundida, por parte de muitos "improvisadores", efetuar-se "tratamentos em massa", empíricos, sobre todos os sujeitos, freqüentemente seguindo "conselho" de um bom "amigo", sem tomar nenhum parecer de um veterinário especializado ou de uma pessoa verdadeiramente competente, mas somente pelo "ouvi dizer". Esta desastrosa prática, seguramente cria uma infinidade de problemas sanitários, enfraquecendo gravemente as aves (que, nestas condições, sempre mais facilmente são agredidas pelas doenças), enquanto que outros agentes patológicos (bactérias, vírus, fungos etc.) tornam sempre mais nefastos os "padrões" da situação, a "resistência aos fármacos" (antibióticos etc.) se faz sempre mais incisiva, reduzindo ou anulando o efeito curativo de muitos medicamentos!
No meu criadouro não pratico "terapia de massa" porque é desnecessária. Não porque no meu criadouro não exista nenhum problema (criando-se espécies delicadas, os problemas sempre existem), mas simplesmente porque, "adotando-se todas as necessárias correias técnicas", sempre repetidas e destacadas por!
G. de Baseggio nos seus livros e artigos, os problemas, quando' aparecem, são mais leves e, assim, quase sempre superáveis com resultados positivos.
Em um criadouro bem conduzido, salubre e higiênico, com a maior parte das aves com perfeita saúde, o controle sanitário deste ou daquele sujeito, descondicionado ou doente (que deve ser logo isolado, melhor se em um outro local, limpo e com aquecimento se necessário), é assim sempre possível.
Respeitando-se as correras técnicas, as normas higiênicas e evitando-se ao máximo os erros alimentares, pode acontecer que um exemplar fique "fofo" (plumagem arrepiada), entristeça, se isole num poleiro; ao exame se encontre um "esterno afiado" (músculos laterais atrofiados) ou o abdome fique avermelhado e/ou inchado ou o fígado hipertrofiado (visível como uma mancha violácea ou amarronzada na borda do lado direito do abdome, logo abaixo das costelas). Estes casos, mesmo em um criadouro "são", são muito raros, mas acontecem (as causas são tantas: as mais freqüentes são as sementes velhas, mofadas, sujas).
Nestas situações não se deve perder a calma (geralmente efetuando o grave erro de uma "terapia de massa"), mas enfrentar o problema com bom senso.

Como comportar-se quando um sujeito adoece?

O isolamento do doente num outro local, dentro de uma "gaiola enfermaria" ou em uma gaiola recoberta por um xale de lá (deixando aberto só na frente), talvez apoiada sobre dois baldes invertidos, com adequada distância um do outro, colocando entre os dois baldes um soquete sob a gaiola com uma lâmpada de 40 ou 60 watts acesa (que aquece o interior da gaiola com temperatura entre 22 a 26° C, medida com termómetro) é a primeira coisa a se fazer para evitar a difusão de eventuais doenças contagiosas.
Se o sujeito apresenta o ventre inchado e avermelhado, me comporto como se segue. Aqueço-o como acima foi dito. Observar o sujeito: se tem a plumagem normal, não fofa, e o bico fechado (tem o bico aberto se existe uma doença do aparelho respiratório) significa que a temperatura está certa; se tem a plumagem fofa, significa que faz frio; se tem a plumagem muito aderida e o bico aberto com respiração ofegante, a temperatura, neste caso, está excessiva).

A - Suspender a administração de verduras e de pastas;

B - Oferecer uma mistura de sementes frescas e não muito rica em gorduras (sem niger; são ótimas as sementes de alpiste, perila e alface branca);

C - A cada manhã, em um bebedouro de 50cc, colocar na água de beber (melhor se água oligomineral leve) 10 gotas de Fordin(r) (Formenti) adicionada a 4 ou 5 gotas de um bom vinagre. À tardinha retirar tudo, renovando a solução na manhã seguinte, isto por 3 a 4 dias seguidos;

D - Sucessivamente, em dias alternados, por 5 a 6 dias consecutivos, administrar um integrador biológico, à base de lactofermentos vivos e vitamina do complexo B: Neo-lactoflorene(r) (Monte Farmaco), para uso humano, que se adquire em farmácia sem receita, em 7 flaconetes. Dose: o conteúdo de um flaconete em meio litro de água (manter tudo em refrigerador).

Normalmente, depois de alguns dias do referido tratamento, as aves se restabelecem plenamente. Se são notados sinais de fígado hipertrófico (mancha escura no lado direito do abdome) não é necessário o isolamento em outro local, mas em uma pequena gaiola no mesmo local. Inicia-se o seguinte tratamento:

l - Administrar uma mistura de sementes frescas e com pouca gordura;

2 - Oferecer um hepatoprotetor, por ex. Polievo(r) na apresentação injetável (não usar o produto em suspensão nem em comprimidos; é necessária uma receita médica ou veterinária), para uso humano, em farmácia. É a base de aminoácidos sulfurados. Dose: uma ampola para cada litro d'água oligomineral leve (duas ampolas/litro nos casos mais graves), durante 6 a 8 dias seguidos;

3 - Abolir verduras e pastas.
Nota: o Polievo(r) tem se demonstrado muito útil durante a muda e com os sujeitos recém-adquiridos.
Se após 15 dias do início do tratamento o sujeito não responde positivamente, há a possibilidade de se estar diante de uma hepatite micótica (candidíase etc.) quase sempre acompanhada de fezes moles e esbranquiçadas; se, ao contrário, as fezes são diarréicas, extensas, e/ou esverdeadas, é provável a presença de uma salmonelose ou uma colibacilose, ou ambas.

Como comportar-se no caso de uma hepatite micótica

Tratando-se de uma aspergilose, que eu saiba, não existe uma cura eficaz, mas somente prevenção ambiente Muito seco, higiênico, desinfetado, com "duplo fundo" para evitar o contato direto com as fezes, papel absorvente no fundo desinfetado; abolir os fundos que causem poeira; sementes sãs isentas de micotoxinas etc.).
Se estivermos diante de uma candidíase (infecção por Cândida) deve-se procurar entender como tal doença pode se desenvolver (as causas principais são: ambientes úmidos, excesso de verdura, pastas úmidas administradas secas, resíduos de pastas úmidas não retirados, falta de periódicas desinfecções com sais quaternários de amônia: por ex. Steramina G (r) [Formenti];
sementes mal conservadas em ambientes úmidos e que têm desenvolvido as micotoxinas; sementes germinadas ou amolecidas ou fervidas não bem preparadas e não tratadas com antimicóticos e assim por diante).
Na presença de uma candidíase, como comportar-se?
A candidíase (chamada também "oidiomicose" ou “monilíase") é uma grave doença micótica (causada por micetos), provocada pelo agente Cândida albicans. A doença atinge preferencialmente o trato superior do aparelho digestivo (em particular: boca, garganta, faringe, esôfago e papo); tanto nos adultos, mas mais freqüentemente nos filhotes (placas esbranquiçadas no cavo oral), devido a pastas úmidas e sementes fervidas, germinadas e amolecidas contaminadas pelo agente.

Lesões: placas esbranquiçadas (às vezes amareladas, esverdeadas ou amarronzadas), aspecto cremoso, na cavidade bucal, faringe e papo. Raramente lesões a nível de intestino. Enfim lesões: encefalite.
Sintomas: os sujeitos atingidos ficam abatidos, plumagem "dura", se isolam num canto da gaiola. Notam-se: regurgitações freqüentes, dificuldade para se alimentar e para deglutir, emagrecimento rápido; freqüentemente dificuldade respiratória, dispnéia, a nível do bico uma substância sero-mucosa esbranquiçada (baba); enfim distúrbios nervosos (tipo encefalo- malácia). Às vezes nas narinas e no bico e na base deste, aparecem formas cutâneao-necróticas; enfim nas patas, raramente, formação branco-acinzentada com anormal corneificações.
A candidíase é freqüentemente causada pelo prolongado uso de antibióticos.
Profilaxia: abolir tudo o que possa elevar o grau de umidade acima de 55%. Possivelmente deve-se manter a umidade relativa do ar entre 40-45% (mediante desumidificador). Abolir todas as causas que favoreçam a reprodução e difusão do fungo.
Desinfetar tudo: utensílios, pavimentos, paredes, janelas, portas, teto, gaiolas e voadeiras, mediante abundante e repetidas borrifações com uma solução de um bom antimicótico (por ex. Steramina G (r) (Formenti); ou Sanisa (r) (Chemivit); Desi-plus(r) (Nekton) e também antimicótico-desinfetante (G.de Baseggio aconselha um produto, encontrado em farmácias, já pronto:
Germozero-spay (r) da Cario Erba. Comedouros e, principalmente bebedouros, devem ser mergulhados em uma solução antimicótica, por ex. Sanisa (r): 10cc (1 cc=20 gotas de conta-gotas) em um litro d'água; ou Steramina G (r) (uma colher em um litro d'água) ou outros produtos similares; depois de serem bem lavados, os bebedouros devem ser imergidos em um balde contendo a solução antimicótica pelo menos por duas horas; depois escorrer (sem reenxaguar) antes de colocar a água de beber.
Terapia da candidíase
A boa profilaxia e a higiene geral acurada são determinantes para prevenir as doenças (atenção aos alimentos úmidos e mal conservados; pastas, sementes, verduras contaminadas). Atualmente, o veterinário J.P. André acha que não exista uma cura totalmente eficaz. Em cada lugar há um medicamente anti-cândida. O Dr. F. Tarozzi aconselha: Fungilin (r) xarope (Squibb), com anfotericina B; doses: 2 a 3 cc em um litro d'água nos primeiros 5 a 6 dias; depois 1 cc/litro d'água por mais outros 7 dias consecutivos. Renovar a solução 2 vezes aos dia, em bebedouros desinfetados.
O Dr. G. Venturelli aconselha: Micocid i (r) (Chemivit); doses: em um kg de uma pasta leve seca colocar 100 gr do remédio, por um período de 7-10 dias consecutivos (um envelope de 50g para 500 gr da pasta).
Um veterinário belga aconselha: por 10 dias consecutivos:
Nistatina (r): 1 ml/litro de água ou 2 ml/kg de pasta.

dicas para vc comprar um canario de cor

1 - Um canário corretamente tratado pode atingir a idade de 10 a 14 anos. Está preparado para se responsabilizar por ele?

2 - Pode oferecer ao seu pássaro um lugar fixo em sua casa? Se ele tiver que ser constantemente mudado, não se sentirá seguro.

3 - Tem tempo suficiente para o seu pássaro? Ele tem de ser alimentado e tratado com regularidade.

4 - Tem outros animais domésticos em casa que possam ser perigosos para o canário ? Um cão pode ser ensinado a não incomodar o pássaro, mas um gato, por seu lado, só com muita dificuldade o poderá ser.

5 - Um canário não canta durante todo o ano com a mesma intensidade. Por exemplo, na muda das penas ele precisa de todas as suas energias para a renovação da plumagem. Alguns pássaros também ficam calados sem motivo aparente. Acha que vai gostar da mesma maneira, mesmo se ele já não cantar?

6 - No que respeita à alimentação, um canário pode ficar, no máximo, dois dias sozinho. O que acontecerá à ave quando você for de férias ou adoecer?

7 - Deseja oferecer o pássaro ao seu filho ? Então terá de lhe explicar o modo correto de tratamento e prestar atenção a isso.

8 - Os cuidados com o pássaro não são caros. Mas já pensou que um canário poderá custar algum dinheiro, caso necessite de cuidados médicos?

9 - Um canário deverá poder voar pela casa uma vez por dia. Qual a sua atitude se ele fizer alguma sujeira?

10 - IMPORTANTE: ter a certeza de que ninguém na família sofre de qualquer tipo de alergia relacionada com penas? Caso isso aconteça, não deverá possuir qualquer ave. Em caso de dúvida, consulte o seu médico, antes da compra.

cuidados com a higiene dos canarios

É óbvio que apenas uma boa administração de um criadouro de canários, inegavelmente, não irá evitar o desenvolvimento de epidemias, ou que seja evitado que as aves sejam afetadas por determinadas moléstias; contudo, a absoluta atenção a uma série de detalhes ocorridos no dia-a-dia dentro de um criadouro indubitavelmente irá contribuir para se evitar muitas das moléstias mais comuns. Nesse sentido, a seguir, enumeramos alguns dos principais detalhes, que serão úteis “como lembrete” aos criadores menos experientes (e mais distraídos):

1. Bebedouro sem água, ou água suja;
2. Gaiolas expostas a correntes de ar;
3. Troca brusca de temperatura, interna ou externa;
4. Aves doentes ou aparentemente doentes, e no meio das aves sadias;
5. Verduras velhas ou secas, não lavadas;
6. Verduras ministradas geladas (tiradas da geladeira ou da horta de inverno);
7. Comedouro sujo, cheio de palha ou fezes;
8. Calor ou frio demasiado no ambiente;
9. Gaiolas com as bandejas atulhadas de excrementos e resíduos de alimentos;
10. Total ausência ou excesso de poleiros nas instalações;
11. Poleiros encrostados de excrementos;
12. Instalações com objetos contundentes (fios de arame, ferro ou chapa) expostos;
13. Farinhadas ou pastas alimentares velhas;
14. Aves presas às grades, às bandejas, ou às vasilhas das instalações;
15. Excesso de pó (poeira de terra) no ambiente;
16. Ausência de areia lavada ou farinha de ostras em vasilha especial;
17. Canários oriundos de aquisição recente, juntos com aves do plantel;
18. Excesso de aplicação de desinfetantes e inseticidas
19. Excesso de pessoas estranhas dentro do criadouro;
20. Excessiva movimentação interna das instalações (gaiolas, voadeiras, viveiros, etc., movimentados constantemente);
21. Excesso de aves numa mesma instalação;
22. Protelação na execução de curativos em aves acidentadas; e outros.

O que fazer quando não se tem sucesso na reprodução de Canarios de cor.

ALIMENTOS EXCITANTES


Pode acontecer que certos pássaros, por descondicionamento, erro alimentar ou outras causas individuais, não atinjam a perfeita forma amorosa.

Nestes casos é necessário se individualizar, quando possível, a causa desta deficiência amorosa. Se o exemplar aparenta-se saudável, pode-se tentar a administração de "alimentos estimulantes", estes são:

-Sementes: Cânhamo, niger, cominho, anis, sementes silvestres de várias espécies, semente de erva-doce;

-Vermelho do ovo: cozido em banho Maria;

-Cantáridas em solução aquosa;

-Vitaminas A-D3-E.

As sementes citadas, todas ou em parte, podem ser administradas em recipientes, separados até que o exemplar chegue à forma amorosa (convém também a administração de diversas sementes de plantadas silvestres); as sementes comuns da mistura, como niger, cânhamo, podem também ser aumentadas. Todas as sementes devem ser frescas, integras e sem pó.

O vermelho do ovo, que contém a lecitina que tem ação afrodisíaca, pode ser administrado misturado a biscoito triturado; uma quantidade tripla deste e uma gema (o total deve ser consumido em cerca de duas horas, pois de outro modo poderá alterar e tornar-se nocivo, principalmente se em temperatura e umidade elevadas); pode-se administrar em dias alternados por uma semana, evitando-se com cuidado o fornecimento dele envelhecido ou rançoso, o que levaria distúrbios hepáticos (além disso, depois de duas horas em contato com o farinhado de biscoito ou de qualquer outra farinha, começam a formar-se fungos invisíveis a olho nu que provocam graves distúrbios intestinais, etc.).

O Niger Guizotia abyssinica ou oleifera), planta anual da família das Compostos, originária da Abssínia, extensamente cultivada na Índia, onde é chamada de Ramtil (na África Neuk), nos países quentes (essencialmente em certas zonas da Itália meridional) dá muitas sementes ricas em óleo e proteínas que têm também uma ação afrodisíaca. Igualmente se pode dizer para as sementes de cânhamo, porém estas últimas são menos digeríveis que o niger. Em todo caso, estas e todas as outras sementes devem ser frescas, integras, isentas de impurezas e de pó; caso contrário, sobretudo se não íntegras, ficam com óleo rançoso extremamente tóxico (presença de "peróxidos") e com ação antivitaminica. Isto vale para todas as sementes oleosas.

A cantárida (cantharis obscura ou Lyssa vescicatoria) é um inseto coleóptero de cor verde-metálico e de odor desagradável; do pó de algumas partes do seu corpo se obtém uma droga, chamada "cantárida", cujo princípio ativo, dito "cantaridina", tem a propriedade revulsiva e afrodisíaca. A droga em pó, que pode ser adquirida em farmácias, é dissolvida em água quente (solução 1 para 1000; ou seja, 1 grama para 1 litro d'água); a solução, obviamente fria, é adicionada na água de beber, na dose de uma colher das de café para cada 100 ml; a cada dia, por ex: às 8 horas, traça-se a água do dia precedente, colocando-se nova colher da solução de cantárida em nova água (todas as soluções, além de 24 horas, podem tornar nociva); o tratamento varia de 5 a 10 dias porém, não deve superar 7 dias de administração na maioria dos casos. A utilização da cantárida torna-se necessária somente para os sujeitos sãos que não têm reagido aos outros alimentos afrodisíacos naturais mencionados ou ao tratamento à base de soluções aquosas de suplementos vitamínicos abaixo indicados. É importante não exceder em todos os alimentos afrodisíacos, quer para se evitar distúrbios no fígado e baço, quer para impedir uma excitação amorosa excessiva; neste caso os machos, muito estimulados, realizam cópulas muito rápidas com conseqüente dificuldade de fecundação da fêmea; esta última, ao contrário, se muito excitada, procura excessivamente as cúpulas e isto pode levar diversos fatos negativos (ausência ou mal construção do ninho, muitos ovos postos fora do ninho e, assim, com fácil rotura da casca, depois de poucos dias da postura, abandono dos ovos na procura de nova cópulas, à miúde ovos não "gelados", etc.). Os suplementos vitamínicos, líquidos ou em pó solúvel, à base de vitamina A- D3-E (evitar a administração da vitamina E sozinha, como aconselham muitos autores e criadores, devido que doses elevadas dela somente levam a danosos desequilíbrios de todos os fatores vitamínicos do organismo), disponíveis no comércio, seja para uso humano, seja para uso veterinário (geralmente 3 a 8 gotas em um bebedouro de 100 ml, renovada a solução a cada 24 horas, por 4 a 8 dias seguidos; repetir, se necessário, o tratamento depois de 8 a 10 dias), freqüentemente colocam em boas condições amorosas os exemplares "tardios". Em geral se pode dizer que os sujeitos sãos, bem alimentados e adequadamente alojados entram espontaneamente em amor, quando a quantidade e duração da luminosidade se faz mais intensa (primavera-verão) e a temperatura torna-se mais quente. Nas hibridações pode se regular antecipando ou retardando a forma amorosa. Para os sujeitos que se cansam ao entra em amor se administra preferivelmente os alimentos naturais supra indicados (semente varias, sementes condicionadoras, niger, cânhamo, sementes de reseda luteola, vermelho do ovo) durante um certo período, ao mesmo tempo, ou a seguir, administra-se soluções aquosas de vitaminas A, D3 e E e apropriadas para um bom funcionamento das gônadas e para a fertilidade dos espermatozóides e do ovo.Só excepcionalmente se recorre as cantáridas. Evitar a administração de substancias hormonais, difíceis de dosar-se para os pequenos organismos dos pássaros e ser muito perigosa, já que uma mínima quantidade em excesso descondiciona todo o sistema hormonal com conseqüentes mal estar, atrofia das gônadas e esterilidade que, em alguns casos, como já aconteceu em alguns criadouros, podem tornar-se fatais. Para facilitar a forma amorosa pode-se também agir de uma das duas seguintes maneiras:

A)Colocar o casal próximo a um macho (geralmente da mesma espécie da fêmea) em pleno canto (mas de modo que não possa ser visto, para evitar que a fêmea passe a não aceitar o macho destinado);

B) Fazer "sentir" o canto de um macho fortemente em amor, apresentado com ótima qualidade de gravação.

Manual de Como Reproduzir azulão. Mãos a obras!

COMO REPRODUZIR AZULÃO - MÃOS À OBRA


Vai se aproximando uma nova temporada de reprodução, e muitos dos aficionados por azulões acabam decidindo tentar reproduzi-Io em ambiente doméstico. Iniciativa essa nobre, pois o azulão é um pássaro que precisa ser mais criado em domesticidade para suprir a demanda por exemplares legais.
Inicialmente, podemos dizer que existem muitos manejos distintos que podem ser utilizados na reprodução de azulões. Não se pode concluir que um é melhor do que o outro, diferentes situações, se bem trabalhadas, podem trazer bons resultados.
O que passaremos a partir desse artigo são alguns aspectos gerais, além da descrição de um sistema de criação em poligamia, onde uma macho é utilizado para várias fêmeas.
Azulões são pássaros de grande fogosidade. Os machos possu­em uma fibra muito grande assim como as fêmeas são tidas como aves que, "abaixam" (evidenciam posição de cópula) muito facilmente. Mas isso não necessariamente quer dizer que estejam aptas à reprodução.
Dependendo da região em que o cria douro está situado, o inicio da estação reprodutiva pode variar um pouco. De maneira geral, ela ocorre de outubro a março, podendo ser iniciada um pouco tardiamente e se prolongar até abril/maio, conforme observações práticas. De qualquer maneira, podemos dizer que fatores básicos que influenciam o inicio e o final da estação reprodutiva são a Temperatura, Luminosidade, Umidade e Fatores Nutricionais.
Partindo do princípio que as aves tiveram uma fase de muda de penas, que suas necessidades nutricionais foram atingidas e de repouso foram respeitadas, estabelecemos qual será a época de reprodução. Sugerimos que, com 30 dias de antecedência a ela, todo o planteI seja devidanente vermifugado. Estar livre de parasitas é fator importantíssimo para que se obtenha bons resultados. A vermifugação deve ser feita mediante bula, sendo a operação repetida após 15 dias.
Instalações devem ser totalmente lavadas e desinfetadas. Fazer um vazio sanitário, lavar as gaiolas e desinfetá-Ias com desinfetantes comerciais é imprescindível. Um boa dica é fazer o uso de vassoura de fogo após a lavagem das gaiolas e do galpão. Jamais se esquecer de desinfetar os objetos utilizados no dia a dia.
Ainda dentro desses 30 dias que precedem a estação reprodutiva, podemos fazer uma espécie de "flushing", isto é, um estímulo nutricional. Observações feitas com pássaros em estado selvagem nos dá excelentes dicas para o manejo. Umas dessas observações, é que com a chegada das chuvas e do período quente, ocorre grande aumento da ocorrência de insetos, muito apreciados por muitos pássaros, inclusive azulões. Insetos são ricos em proteína. Portanto, fazer um incremento protéico na dieta dos pássaros pode ser uma boa. Isso pode ser feito de várias maneiras, entre elas com o fornecimento de uma excelente farinhada comercial, com teor protéico de no mínimo 24%.
Cumpridas essas etapas, distribuímos as fêmeas em gaiolas individuais, e para cada uma delas fornecemos um ninho em forma de taça, desses utilizados para bicudos. Os ninhos feitos de bucha vegetal têm trazido ótimos resultados. Fornecemos material para a construção do ninho, que pode ser constituído por pedacinhos de corda de sisal desfiada ou raízes finas de capim, lavadas e secas à sombra.
O macho deve receber um manejo adequado. Estar em excelente condicionamento físico, sem excesso de peso, e cantando muito são fatores importantíssimos. Ele deve ficar fora do alcance visual das fêmeas, mas nas proximidades, pois sua presença (principalmente o seu canto) é um importante estímulo para as fêmeas.
Diariamente, pode-se mostrar o macho para as fêmeas, e observar o comportamento de cada uma délas. É muito comum elas solicitarem a cópula mesmo sem estarem prontas. Nesse caso, o recomendado é que o criador use sua sensibilidade, de forma a não perder tempo fazendo as coberturas em vão. Um bom indicativo do momento exato para o acasalamento é quando a fêmea está com o ninho pronto. Em geral, a fêmea deixa de aceitar o macho 24 horas antes de colocar o primeiro ovo. Duas coberturas ao dia bastam, uma pela manhã e outra a tarde, sendo o macho retirado imediatamente após efetuá-Ia.
São postos de dois a três ovos, que são incubados durante 13 dias. A alimentação dos filhotes deve ser rica em proteínas. Sugerimos teor protéico acima dos 25% PB nos primeiros dez dias de vida. O fornecimento de ovo (bem cozido ou industrializado em pó) é muito indicado, pois é uma fonte nutricional de excelente qualidade.
Anéis são fornecidos pelo Ibama, com diâmetro interno de 2.8mm. O anelamento deve ser feito quando os filhotes estiverem com aproximadamente 5 dias de vida.

Escrito por: Arthur César e Mateus Guimarães

Inicio de Fase de Reprodução Silvestre

Começamos hoje a reprodução de um casal de Azulões, Não sabemos se terá resultados,porém, Vamos torcer.


Reprodução de Canarios de Cor 2011

Iniciamos os processos de acasalamento de canarios de cor, estaremos postando as Fotos e Noticias.



Venda de Coleiros Bahianos

Interessados Manter Contato via Comentario, so vendemos para Rio de Contas.